Uma vida que deslumbro…
Visto-me num vazio,
Profundo e egoísta.
Numa escuridão em que vem frio
Sem que de bem me vista!
Culpado da minha existência
De uma estupidez intacta!
Sou eu próprio o sinónimo de desistência…
Uma lixeira que em mim é inata.
Não há mais que acreditar
Poder fugir e na esperança viver?
Um amor para espalhar?
Não há nem dá, só á que sofrer…
Consciente de uma fraqueza
Que não tem mais escapatória!
Nas trevas, a minha mente não saí ilesa
Queria marcar um outro rumo nesta história,
Que sem saída, e desalentada
A minha alma se impõe
Sem benefícios á vista, um pobre e aleijada
Alma, que ao perverso cravejada!
Ao vicio foi entregue,
Consciente e aberta
A toda a imundice, que me segue
A minha visão violentada e encoberta!
Que na minha pequenez
Não vejo nenhum horizonte
Não curo a minha invalidez
Não á nada que ir buscar a seca fonte.
Senão um buraco escuro
Em que já vivo!
E, onde, nada descubro,
Sem ser o ódio e raiva!
O sonho mal sonhado,
Que na noite serena
Me é parado!
Um inferno que me é albergado…
E uma vez mais, um coração enganado!