Lost Feelings

Lost Feelings
Sonhar é amar, sonhar é ser criança, sonhar é ter esperança...

domingo, 8 de agosto de 2010

Raiva


Raiva


Tanta raiva para deitar.

Um acumular de loucura.

Um grito prestes a se fazer soar!

Uma ferida impura.


Uma dor demasiado profunda.

Um nome que á toa deriva,

Sem que amor a confunda.

E passe a ser uma alegre cor viva!


Um ódio por o mundo amar,

Perseguindo um sonho,

De ter fé e não mais chorar.

De querer sair deste mundo medonho!


Um cão duma sociedade promíscua.

Um animal consciente,

Que nunca no tempo recua

Um amor ardente,


Por querer ser alguém.

De grande valentia!

Mas o impuro prazer me sustém

Sendo uma pessoa doentia!



terça-feira, 13 de julho de 2010

Uma vida que deslumbro...



Uma vida que deslumbro…


Visto-me num vazio,

Profundo e egoísta.

Numa escuridão em que vem frio

Sem que de bem me vista!


Culpado da minha existência

De uma estupidez intacta!

Sou eu próprio o sinónimo de desistência…

Uma lixeira que em mim é inata.


Não há mais que acreditar

Poder fugir e na esperança viver?

Um amor para espalhar?

Não há nem dá, só á que sofrer…


Consciente de uma fraqueza

Que não tem mais escapatória!

Nas trevas, a minha mente não saí ilesa

Queria marcar um outro rumo nesta história,


Que sem saída, e desalentada

A minha alma se impõe

Sem benefícios á vista, um pobre e aleijada

Alma, que ao perverso cravejada!


Ao vicio foi entregue,

Consciente e aberta

A toda a imundice, que me segue

A minha visão violentada e encoberta!


Que na minha pequenez

Não vejo nenhum horizonte

Não curo a minha invalidez

Não á nada que ir buscar a seca fonte.


Senão um buraco escuro

Em que já vivo!

E, onde, nada descubro,

Sem ser o ódio e raiva!


O sonho mal sonhado,

Que na noite serena

Me é parado!

Um inferno que me é albergado…

E uma vez mais, um coração enganado!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Até ao monte Olimpo






Até ao monte Olimpo







Oh que coisa tão bela, de alto poder sonhar, acima dos montes nas nuvens pairar, ver o sol a nascer e a se pôr, ver a névoa reluscente e as nuvens de carícia, impróprias para consumo de maldade, sonhadoras, nuvens que voam, sem sentido, prosseguindo nos seus ínfimos caminhos, de nenhum significado.

Porém alegres, contentes e felizes, com o seu deslizar pelo vento, que por vezes é brusco, por outras é suave, sem que dêm contas a alguém.

Ver os montes e montanhas do cume mais alto, e sentando em cima desse cume sobre uma pequena rocha admitir e submeter-se a beleza da natureza, do seu soberbo que é única e forte, sem alguém que dela tenha o poder de controle, este sim é um homem de vasto conhecimento, que se propõe a si mesmo mais acima, acima daquilo que se pensa impossível, acima daquilo que se considera apenas um sonho, pois nele, ele tem fé, esperança e gozo nos desafios.

Não querendo nunca descer daquele cumo, daquela montanha, que ali perece o mundo, o homem em ausência, no paraíso se encontra, em frente ao lugar dos deuses o Olimpo, um lugar moldado apenas para os corajosos que em terra foram fortes, corajosos e que nunca desistiram, e quando morre deixa apenas o seu nome para trás, e os seus ossos, mas seu espírito fortalecer-se-á, chegará a todo o custo ao monte Olimpo, com toda a sua garra subirá a montanha mais difícil, enfrentará todos os perigos que dela provirá, não irá desistir nunca, senão não pode mais consigo, porque não admite nunca a angustia de ter falhado, a frustração de tentar e falhar, não este homem, não desiste, lá vai ele, subindo, até que por fim chega ao portão, e o grande Zeus lhe abra o cadeado sagrado e ali fica condenado a ser um deus...

Perdido na sua força, perdido na sua realização, perdido no seu sonho, contente e feliz por ser aquilo que é.

Loucura Abismal


Loucura Abismal


Tentei ser perfeito,

Mas de nada valia

Em nada, eu era o primeiro

Por mais que tudo fazia!


Estou partido aos bocados.

A minha vida parece ser tão imprescindível…

Perdi a conta dos pecados

A que deles me faço visível!


Deixei a minha juventude por mim correr.

Para ser alguém insano,

Pobre e louco, um velho a perecer.

De escravo ser no quotidiano!


Tudo foi em vão,

Todas as minhas buscas

De leve função,

Que era encontrar as curas

Para mim, um bastardo varão!


Pois, o meu caminho é obscuridade

Não posso mais por ajuda gritar!

Não tenho folgo, nem força, disso, tenho eu saudade!

Não vem ninguém para me ajudar,

Quanto muito para me salvar!


Deste pecaminoso ser

Que sob o abismo se esconde

Até um dia morrer,

Perdido na escuridão, sem saber para onde


Se virar, para onde ir e a quem

Pedir para falar!

Cercado por ninguém

Na sua escuridão continua a andar

Sem que alguém o possa parar!



sábado, 3 de julho de 2010

Mágoa


Mágoa


Que incompreensão por amar,

Não entendo o motivo

Porquê de tanta raiva o cuidar

Porquê de tão pouco sonhar…


É de ouro a sua alma,

Mas o seu coração duro como pedra

Com nada se acalma!

E essa infelicidade, vê-se em sua cara!


Não entendo o porquê de não ter fé

Numa vida que não leva, mas podia levar

Teima em não aceitar o que é

Quem sabe se por vergonha, raiva ou amar…


Tanto que luta, que não luta nada

A vida o entristece, não sei se é a sua

Se não é, luta de firme com sua espada

Mas logo vem a guerra, e sua alma, fica nua!


Porque a guerra que trava é consigo mesmo

Chega quase a desistir

Mas por amor, orgulho e coragem

Que dele não consegue mentir

Segue em frente nestas viajem

De caminhos se esculpir e destruir

De não saber o que há-de sentir,

Mas um dia o seu coração será com uma rosa,

Em sua primavera, que dum bolbo,

Irá fluir…

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Caspar-David Friedrich

E por último Caspar-David Friedrich, que é sem dúvida o meu favorito.
Espero que tenho gostado, e que, quem não apreciasse este género de arte, possa agora gostar, ou talvez compreender a pintura duma outra maneira.
Todos somos artistas cabe-nos a nós próprios avaliarmos-nos e saber em que aréa somos artistas, tudo é uma arte nesta vida!














































Van Gogh











Otto Dix







Miguel Ângelo







George Grosz