Lost Feelings

Lost Feelings
Sonhar é amar, sonhar é ser criança, sonhar é ter esperança...

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Céu sem alturas



Céu sem alturas

Meu sonho é viajar,

Pelo mundo sem destino…

Sem rumo, andar.

Perdido estar, entre o céu sustenido.

Loucas as viagens eu faria,

Nas paisagens me perdia,

Ninguém nunca me encontraria,

Ali sim, eu morreria.

Por entre as ondas do mar,

Paixão de tanto o amar.

Sonhar, por ele, ventos e vagas

Acalmam o meu ser .

Deambulando pelas margens…


Entre estrelas e céus no vento estou,

Vou, venho e volto…

Nunca a mim tão alto me voou!


Na corrente dos mares do céu eu medito…

Pela gente que me percorre,

Me perco no infinito.

Peço que ninguém me acorde.


Durmo no fundo,

Sobre uma dor que me entristece.

Que me é inata pelo mundo…

Ser criança



Ser criança



Ser criança,


É talvez a melhor coisa que nos acontece,


Onde existe uma tola esperança.


Mas, com o tempo tudo se desvanece.



Liberdade é de criança um sinónimo.


Liberdade é o sonho do adulto,


Liberdade é de todos nós um heterónimo.


E isto, serve tanto para o mestre, como para o aluno.



Sonhar, novamente criança ser,


Sim, e sonho, porque sonhar é ser humano.


Sonhar não nos é proibido fazer.



Quero ser, livre e andar despreocupado,


Sujo, sem maldade de coração,


E em nada ocupado.


E de nada nem ninguém ser cão…



Quero sair, quero encontrar,


A felicidade há muito que foi perdida,


Pela falta de não amar,


A tantos a que a alma lhes foi vendida…



Este mundo de precário,


Com gentes doentias…


Parece do inferno, o cenário.


De vidas perdidas…

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Sonhando acordado


Sonhando Acordado


Noites escuras,

Noites frias,

Trémulo,

Em brancuras.


Cabeça mal parada,

Completamente estoirada,

Desgastada, mal tratada.


Sozinho,

Com amigo ou inimigo,

Olho para o vizinho,

Coitado,

Está mesmo cercado!


Eu queixo-me, eu choro,

Mas eu não devoro,

Nem metade,

Do que gentes apavoram.


Noites e noites,

Sozinho na sua escuridão,

Perdendo-me com o meu coração,

Ele caiu no chão.

Puff! Partiu!

Será que se vai restaurar?

Este coração partido de tanto amar?

Será proibido sonhar?


Uma criança eu sou,

Perdido no meio duma tola esperança.

Em que caminho estou?

Será na direcção certa?

Será que o destino erra?

Como eu detesto esta terra...


Longe do meu pensar eu gostava...

Tudo o que eu tenho,

Eu gastava,

Só para poder fugir,

Longe, ir, partir,

E nunca mais voltar.

Tudo deixar para trás,

Se isso algum dia acontecer,

Ganhei o melhor cabáz.


Era o melhor para o meu ser,

Já que parece que estou a parecer...


Aos bocados, aos poucos,

Sou igual a tantos outrs loucos.

Dividido entre o céu e a terra,

Alma oca e deserta,

Sou eu!

Alguém me desperta?


Amor?

Onde está ele?

Parece que dele todos têm pavor...


Quem tem ousadia?

Quem ousa?

Ou todos têm a nova cobardia?


Gente nova, gente velha,

Um abismo foi criado.

Tudo isto parece uma novela.


Mas,

Perante tudo isto,

Quem tem poder para julgar o que é condenado?


Já ninguem vê, já ninguém sente

Loucos desabafos eu tenho de fazer,

Esta vida parece qu nos mente,

O que será que tenho de esolher...


Vida longa, vida eterna,

De onde vem isto,

Que tanto nos governa.


Relegião,

Quando a oiço,

Só lhe quero dar um encontrão.

A relegião faz nos tanto perder o coração...

Mas ninguém tem olhos que vejam,

Não, todos bocejam,

Comem o que lhes dão!


Olhando, no olhar das gentes,

Bramidos, choro, gritos,

Eu lhes vejo,

Lágrimas ao litros.


Todos têm o mesmo desejo,

O desejo de ser feliz!


Presos, condenados, julgados,

Nós somos réus.

Assim fomos chamados,

Perante os céus.


Existem quantro estações terrestres,

Verão, Primavera, utono e Inverno.

Muitas vivem neste último.

Inverno, ou seja, inferno.


Não sei escrever, não sei explicar,

Tudo para fora eu tenho de deitar,

Senão vou mesmo rebentar.

Preciso de gritar,

E de chorar...

AHHH!

Já passou, agora,

Falta do pesadelo acordar...


Gentes grandiosas e finas,

Gentes pobres, humildes e mais ricas.

Não é preciso ouro para se ser rico.

E por aqui me fico...


Vida, sumário?

Sobrevivencia.

É esta a nossa essência.


Instinto animal ou será ao contrário?

Vivemos?

A lenga lenga monotona da vida, corremos.

Profissionais, ganhadores de troféus.

Assim sim...

Oh vida, como eu gostava de ser um pássaro,

E poder voar por entre os céus...


Não sei o que mais ei de escrever,

Não sei o que mais ei de dizer.


E assim ficou,

Parou,

A minha escrita.


Pois já se faz tarde,

Preciso de descansar.

Para amanhã começar um novo dia...




sábado, 20 de fevereiro de 2010

Cidade da minha infancia preciosamente perdida






Cidade da minha infância preciosamente perdida



Bem, tudo começou há muitos anos, enquanto eu era moldado no ventre da minha mãe, depois disso, nasci, e fui crescendo desenvolvendo várias capacidades e sendo bombardeado constantemente com novas informações, acerca do novo mundo, fiquei pasmado, tanta gente ao meu redor, tanta ternura em mim só, tanto carinho, tanta coisa boa me davam, era feliz contente com o que vivia, despreocupado, sem responsabilidades, longe das hierarquias, das preocupações, voando na real liberdade, livre como um pássaro que voa e vai onde quer, essa era a liberdade que eu vivia enquanto crescia da fase de bebé para criança, foram tão bons esses anos, onde tinha tudo o que é preciso, e essencialmente tinha aquilo que todos procuram mas poucos encontram paz e felicidade as duas juntas, andávamos de mão dadas como se fossemos um só, não tinha vergonha de nada nem ninguém, chorava, ria, pulava, brincava, sem preconceitos, com o conceito de pureza bem definido em mim, eu era aquilo que agora desejo ser, livre.



A cidade onde vivia, era feita por mim, não via mal em ninguém, causava risos, sentia me seguro, dava alegria e tirava a tristeza, algo nesta idade em que vivo parece ser cada vez mais impossível, mas continuo a ter uma qualidade de quando era criança, a esperança, e isso ninguém me há de nunca tirar, gente com uma só palavra tira-me a vida, com uma só palavra tira-me a família, afasta-me donde eu vivo, tortura-me, mas a esperança é algo que podem tentar lá chegar mas nunca irão conseguir é meu e só meu, um cantinho especial que guardo desde a minha infância onde sonhar não é proibido, onde pairar sobre as nuvens é possível, onde o impossível se torna realidade, onde a imaginação não tem limites, velhos tempos esses, que vivi em criança, onde a coragem nunca me falhava pois não conhecia o mal, onde a ousadia rulava onde a minha cidade, cada vez mais se tornava num império de um diamante em bruto, tudo era perfeito e bom, aquela sensação, aquele bem-estar, aqueles sonhos, aquela perfeita harmonia, aquela incompreensão pelo mundo, mas aos poucos e poucos o meu império foi se desmoronando, com o passar dos anos, até se tornar novamente numa cidade e “desevoluir” para uma casa, casa essa que vivo hoje, devido há minha cidade preciosamente perdida, o que eu não dava para voltar ao dia dos primeiros passos, há construção duma casa, depois de uma aldeia, duma vila até chegar a uma cidade atingindo o seu auge como império, loucas, loucas são as minhas saudades, espero um dia poder viver tudo de novo, e passear por entre as estrelas, viajar com os cometas, ir mais além, passear por entre as folhas secas e ver na Primavera a força da natureza, quero sonhar, sonhar, sonhar, tal como sonhavam na minha cidade…

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Choro em palavras


Choro em palavras


Eu choro, eu grito, eu TENTO, eu faço com que aconteça mas ninguém vê…


Pergunto-me se vale a pena viver, já que não sou nada nem ninguém, já que sou zero, já que sou sempre chamado pelos nomes dados aos defeitos, será que não tenho nenhuma qualidade, será que tudo o que faço não é agradável, será que sou assim tão mau?


Então peço a quem tem esse poder que me mate, assim não estorvo a vida de ninguém, assim o mundo seria mais feliz sem menos um indecente pelas ruas, sim, indecente, pois eu não sou importante, será que até para Deus eu não valho nada?


Questiono, o porquê de acontecer isto comigo, tudo o que há de mau em mim sobressai, ninguém vê o bom que eu tenho, nem mesmo eu já consigo ver nada de bom, estou farto desta opressão, desta imposição que criam em mim, pensam que estão certos mas não sabem nada, não sabem o que eu sinto, não vêem o que eu vejo, não procuram aquilo que eu procuro, como, mas como posso eu agradar alguém?


EU GRITO, POR AJUDA, mas ninguém vem, eu grito de desespero, eu penso que estou bem, mas não estou, eu preciso de tanta ajuda…


Alguém por favor, alguém, não sei quem mas alguém, por favor, alguém que me ouço por meio destas linhas, destas palavras, destes sentimentos, eu queria tanto ser feliz, porquê que isso só está ao alcance de alguns?


Por vezes posso estar mais feliz do que qualquer um, mas por detrás deste sorriso tenho tanto medo, tanto desespero, tanta angustia, causado pela opressão, às vezes sinto que a minha cabeça vai explodir, e o meu coração para, às vezes desejava que isso fosse possível, às vezes é isso que se torna o meu sonho e o meu maior desejo, pode parecer estranho eu ser apenas um adolescente, e mostrar todos estes sentimentos, a única coisa que me faz continuar é saber que existe a “mil e uma” pessoas piores, mas bem piores do que eu, é por isso que ainda cá estou, embora seja vagabundo, andando, deambulando, tentando cuidar dos outros como se fossem uma pétala duma rosa e a minha, faço o que as mão fazem quando tocam no fogo, de mim fujo, fico no abstracto, descendo uma vez de vez em quando, tentando voltar, mas não me deixam, queria tanto ser uma criança outra vez, queria que alguém olhasse para mim e visse algo de bom, não visse apenas o mau que pelos vistos é o que sobressaí, afinal serão estes os problemas retratados na época conturbada da adolescência? Serão estas perguntas, o saber se vale a pena ou não, o quem sou eu, o que faço aqui, afinal quem me dá a resposta a essas perguntas?


Eu não as consigo encontrar, por mais que procure, por mais que tente, por mais que me esforce, ninguém vê, nem consigo encontrar as respostas que tanto procuro.


Sinto me estranho, um foragido da realidade, um tolo no tempo, um parvo num lugar, sozinho no mundo, um incompreendido, um sem valor, um Zé ninguém…


De tudo o que é mau que se conheço e eu conheça, em todo o lado me vejo um pouco, tudo o que é bom que se conheça e que eu conheço, em nada me vejo, isto não é uma questão de auto-estima, é uma questão de realidade, de saber o que se é, e para tantos e pessoas especiais me dizerem constantemente isto parece me que seja assim e já não tenha mudança.


Por isso eu grito por socorro, por ajuda, eternamente, mesmo que ninguém venho, ao menos liberto a raiva o rancor de ter nascido, a angústia e a frustração de não poder ser feliz, a euforia de querer deixar o mundo para trás e não poder, morte no pensar, um bastardo incrédulo…


Queria tanto experimentar do amor verdadeiro, nem que fosse só uma pitada, queria que algo assim de muito bom me invadisse, nem que fosse por escassos segundos deste tempo acelerado, iria me sentir a melhor pessoa do mundo e nesses segundos o mais feliz de todos, alguém em aponta e diz me onde isso está, não sei em que direcção ir…


Estou perdido, forçado a viver uma vida que não quero, penso que me posso comparar a um belo pavão preso numa gaiola de um periquito, porque mesmo que ache que não, e todos me digam que não, no meu inconsciente sei que sou melhor do que dizem, sei que sou mais do que o que penso que sou, sei que merece oportunidades e sei que sou bom em algo, sinto que tenho tanto para dar, já que a sociedade e muitos me fazem guardar o amor, o carinho, o que tenho de bom, sou forçado a viver disto, se ao menos soubesse como dar a volta, se ao menos tivesse asas para poder voar bem longe daqui, sobrevoar os montes onde a natureza habita, onde a criação de Deus continua intacta sem a destruição da mão do homem, voar sobre o mar e ver a sua ferocidade, voar pela correntes de ar e sentir a sua frescura e os cheiros intensos de lados estranhos, conhecer o interior do mundo, fazer me parte da mãe natureza, sentir-me a ela ligado, só queria voar, voar, voar…


Deixo a cabeça para trás pois o raciocínio estraga a beleza das coisas que são belas, voo de coração aberto, deixo a língua para traz para não saber falar e então não magoar, levo comigo apenas uma expectativa, a esperança de ser feliz…escrevo, escrevo, escrevo, peço, peço, peço, imploro, imploro, imploro NÃO ME JULGUEM, não me tratem mal, estou farto de tudo isto, estou farto de estar preso, de querer sonhar e não poder, de querer voar e não conseguir, de estar preso a vícios, de estar preso ao mundo, de ter um “force” na minha vida, que não passa duma sobrevivência exagerada…


Queria tanto ser aceite, não ser gozado, nem apontado, de que tivessem consciência daquilo que eu sou, queria TANTO que isto pudesse ser possível, mas, parece que não passa duma ilusão, ou será mesmo o “destino”, seremos mesmo umas marionetas nas mão de alguém, então alguém sabe como se engana o destino, ou onde cortar as linhas que nos controlam?


Quando estou sozinho é quando melhor me sinto, é quando ainda posso ser um bocadinho de mim, pois ponho-me a escrever, enquanto choro, e soluço, ponho me a escrever, quando a bolha narcísica rebenta e remete-me para um estado de felicidade momentânea, escrevo quando sinto que dou tudo o que tenho, ao menos as letras não me julgam, não me impõem regras, não me dizem como, não nada, limitam-se a ver, e a respeitar, a fazerem ideias, frases e palavras, é por isso que as palavras tanto me seduzem, sem amor-próprio, sem esperança de nada, dependentes de algo sem maldade, palavras incomensuráveis, vai e vem, anda há deriva como um pequeno barquinho num meio dum grande oceano tempestuoso, mas este barquinho com nada se preocupa, pois está seguro em si mesmo, pois acredita naquilo que sente, pois não se deixa ser intimidado pelo mar, ai barquinho, queres me tu dar a tua vida?


E tu palavra importaste de sair cá para fora e dar-te a conhecer ao mundo?


Sinto me tão perdido, disfarçado entre gentes, difundido entre ideias, queria que o mundo acabasse com o sofrimento existente, queria que houvesse mais do bom, do amor, do carinho, da amizade verdadeira, e não apenas da esperança destas palavras que dia após dia parecem somente isso palavras com um significado, nada mais, onde estão, onde estão sentimentos puros, sem interesse, onde estão pessoas, gentes que me possam alcançar com boas vibrações, com boas coisas, coisas de que tanto preciso, quem me vem ensinar o que é o que é ser e o que se sente quando se tem a felicidade, esta felicidade de que falo não é a da bolha narcísica, longe, muito longe, mas sim daquela em que encontramos a paz na nossa vivência, onde este mundo tão grande fica pequenino.


Quão fundo toco eu em alguém?


Quanto valo eu para alguém que me ache especial?


E esse alguém haverá?


Quantas pessoas choram por mim se eu morrer, quantas pessoas se sentam ao meu lado e choram comigo, quem tem essa coragem?


Quem, quem, quem, se, se, se, condições e mais condições, eu estou rodeado por isto, quero sair, alguém me indique o caminho, alguém?


Queria tanto ter a coragem, a ousadia para sair, para ir e não voltar, esquecer tudo, e começar uma vida nova, sem mentiras, sem falsidades, sem esperança, pois não vai ser necessária, começando uma vida nova e esquecendo tudo, pois, a esperança e o sonho fundem-me na realidade tornando possível tudo o que sempre quis…


Só queria ter coragem e ousadia para fazer isso, queria ser eu mesmo, queria ser respeitado, queria ser eu a dizer alguma coisa um dia, até lá continuo com a minha tola esperança guardada num pequeno cantinho do meu coração situado no inconsciente, quero um dia SER E EXISTIR, QUERO PODER SONHAR E VOAR, QUERO SÓ POR QUERER, QUERO VIVER…



MIGUEL ÂNGELO

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Surf

Ilusões

Pesadelo


Pesadelo




De que é feita a vida? Esta vida em que vivemos felizes ou infelizes, tristes ou contentes, angustiados, frustrados...


De que é feito este mundo em que tudo o que é mau é tomado como exemplo para a "verdadeira vida", a vida feliz, o que estará errado ou mal?


Estou perdido no meio de tantos pensamentos, ideias, convicções, sentimentos...


Ninguém me compreende, ou será que há alguém que me possa compreender?!


Grito de desespero, de ajuda, mas o mundo, as pessoas, todos estão sempre ocupados, ninguém me ouve, já ninguém se interessa pela vida, pela natureza, pelo bem estar uns dos outros... por vezes penso que não sou mais um homem racional mas sim um animal com tendências para pensar, que vive numa selva em que se for preciso vemos alguém que está atafulhado com tantos problemas e perto de pôr fim à sua vida, as pessoas sabem, vêem, comentam, mas ninguém é capaz de ajudar, todos sentem pena mas ninguém age, será que acção, de actuar é somente uma ideia, uma palavra que a "ciência" considera abstracta, que é apenas realmente uma representação do acto em si?


Será que estas questões fazem sentido? Não, para mim não fazem, procuro pelas respostas mas, por mais que eu procure, parece que estou cada vez mais fundo num poço sem fim... será normal eu ter todas estas questões no período da adolescência, será que existe alguém que sinta o mesmo que eu, eu olho para muitos e vejo que isto lhes passa bem ao lado, não se interessam pelo que é aquilo que é considerado "a vida boa", mas afinal o que é isso de vida boa? o matar dos corpos constante, o envelhecimento rápido, o que é errado e anormal já é bom, normal e possível, porque como muitos dizem "a vida são dois dias, temos de a aproveitar", será que é ou será que não?


Parece que já ninguém vive, apenas sobrevive, numa pequena existência própria e incompreendida... será que temos de aceitar tudo só porque vivemos numa sociedade democrática e respeitar o outro ou estamos a desrespeitar tanto a nós próprias como o desrespeito incompreendido do outro...


Afinal que sentimentos são estes, vagueio por entre eles de uma forma preocupada, perco-me no tempo a pensar sobre eles, pensando, meditando, tentando encontrar as respostas que tanto procuro pois ninguém é detentor da sua própria verdade...


Todos pensamos que somos o centro, os importantes mas o que os meus olhos vêem e o que o meu coração sente não é bem assim, estamos tão perdidos no nosso próprio mundo ...


Será que isto é ficção, realidade ou pura e simplesmente um pouco de ambos? Eu escrevo de uma forma certa ou errada? Para muitos talvez seja um motivo de chacota, para outros muito esotérico ou mesmo alguém anormal para outros... digo verdade... para outros mentira, uns é literatura outros o panorama social em que vivemos, quem está certo? quem está errado?


Nestas linhas escrevo o que sinto independentemente do lugar ou de quem estou acompanhado, nestas linhas encontro uma maneira de escrever com sinceridade sem que elas me julguemou falem, limitem-se a "ver" e a "compreender".... Não entendo se é normal tudo isto... problemas, confusão, conflitos familiares, de rua, amigos, de existência, da adolescência, dos namoros, de sociedade, de vida, afinal o que há de errado?


Esta é a questão para a qual mais quero encontrar a resposta, mas quando estou perto de a encontrar algum erro existe e que deita tudo abaixo.... enfim... respiro fundo e tento acordar deste pesadelo angustiante que controla todos os dias da minha vida..... espero conseguir....

O mar, o Oceano

O Mar, o Oceano



Por mais voltas que se dê, o mar é uma invenção que não é recente, o mar, que já vem citado nos recônditos mitos sumérios, na Bíblia, é um mar diferente daquele de que hoje se fala.


De facto, nestes antigos tempos, fala-se de um mar, um fluxo primordial sem destrinça (separação, desenredo, esclarecimento), um princípio antagónico, um caos ilegível.


Os gregos têm fama de marinheiros, mas não se pense que o mar foi inventado por Homero ou por anónimos navegadores helénicos.


Com o périplo de Ulisses pelo Mediterrâneo, a caminho da Itaca natal, irrompe uma noção nova de ar, oceano, um certo imaginário sobre o mesmo, que ainda é um arrepiante mundo intermédio, entre o maravilhoso e real.


Este império marítimo é fantástico, onde existem irremediáveis manhas, que mesmo hoje algumas sejam superadas, continuam a ser um enigma que só Deus pode desvendar.


Naquela altura, o mar, a partir da caracterização de Luís de Camões, era um mar de surpresa, aterrada, inocente e deslumbrada, nos limites extremos, paço a citar:


“Contar-te longamente as perigosas


Cousas de mar, que os homens não entendem:


Súbitas trovoadas temerosas,


Relâmpagos que ar em fogo acendem,


Negros chuveiros, noites tenebrosas,


Bramidos de trovões que o mundo fendem”


(Os Lusíadas V, 16)


O pequeno texto de o mar, o oceano, foi apenas uma pequena introdução para avançar para aquilo que quero realmente escrever, que é o Surf.


Para mim escrever sobre Surf, parece-me ser um motivo tão válido, como o de escrever sobre factos verídicos ou romances, pois, escrever sobre surf é ainda, uma actividade pouco praticada, um pouco ao contrário do surf, que hoje em dia, parece estar por todo o lado. Pode, aliás fazer algum sentido que os actos de escrever e de surfar não andem propriamente de mãos dadas, afinal o verbo surfar é um anglicismo que remete para a ideia de deslizar á superfície da água e é muito provavelmente esta ideia de superficialidade que primeiro é associada ao surf. Escrever implica invariavelmente um esforço reflexivo, que vá além da superfície.


Mas uma coisa é o preconceito, outra é o acto de que existe, se bem que, mesmo nas publicações de surf, a palavra escrita tenha um lugar secundário, subalternizada pelas fotografias, na verdade, o surf chegou-nos ( a nós Ocidentais), primeiro pela palvra.


A primeira descrição foi feita pelo Capitão James Cook:


- “I could not help concluding that this man felt the most supreme pleasure while he was driven on so fast and smoothly by the sea”, nos seus relatos da sua viagem ao Pacifico, em finais do século XVIII, quando escreveu com admiração sobre o “prazer supremo” que os nativos tinham quando deslizavam sobre a parede das ondas. Cook ao falar do “prazer supremo” e ao descrever todo o processo de escolha de ondas, bem como as dificuldades que enfrentavam os nativos cada vez que arriscam ter o prazer de deslizar no mar, acabou por tornar o surf mais do que um simples desporto. A imagem do surf ficou marcada desde a génese: estávamos perante um desporto, mas, também , perante uma experiência social, que rotula, humilha, destrói aquele que faz surf, pois esse é constantemente estereotipado, penso que talvez, há alguma décadas atrás fosse o “normal” estereotipo, o do surfista, mas hoje, já levanto muitas questões acerca de se concluir algo de uma generalidade que ocorreu há décadas, não será isso falacioso?




A evolução da escrita sobre surf é talvez o mais exacto reflexo do lugar e da imagem que o surf foi ocupando ao longo dos tempos: do espanto inicial com os nativos no Pacifico, passando pela Califórnia campestre, de fantasia, idílica do pós-guerra, pelos relatos dos surfistas viajantes em busca do “verão sem fim” e pela representação do surf como paradigma da contra-cultura, até aos relatos de um circuito mundial, cada vez mais á imagem dos outros desportos. Se olharmos para trás e lermos as ontologias de textos sobre surf, encontramos nelas uma história da identidade do surf e das suas transformações. Mas, para além do retrato social, há uma característica essencial que persiste, a mesma que o Capitão James Cook vislumbrou, o surf é essencialmente fonte do “prazer supremo”, de difícil descrição e não comparável com outros prazeres, dai, muitos surfistas, incluindo eu, dizermos:


- “Que prefiro uma boa surfada, de que uma boa noite na cama com a miúda mais linda e bem-feita”.


O que estou a tentar escrever, ou, exprimir, não é o que o surf é, embora dê uma ideia acerca desse tema, mas, o que quero mesmo é escrever acerca do efeito que o surf produz em nós.


Quem tenha, ainda que por breves momentos, experimentado remar com uma onda a aproximar-se pelas costas, dando umas braçadas mais fortes, para depois sentir a prancha descer, perdendo-se o chão estável, e, com um pouco de água na cara, deslizando, a uma velocidade tão diferente e incomparável a todas as outras, sabe que a experiência de surfar, deixa marcas indeléveis e incomparáveis, marcas essas, que se projectam no resto da vida desde logo, porque ao contrário da maior parte das coisas que na vida parece acabar, cada onda que termina deixa-nos com uma vontade quase absoluta de voltar ao inicio, uma vontade que parece não ser sóbria, quase posso dizer que é uma vontade comprável com a de fumar uma boa ganza.


No mar, mesmo quando a energia já nos falta, somos impelidos a repetir tudo, o remar de regresso ao sítios onde as ondas quebram, forçando a corrente, empurrando a prancha por debaixo da espuma, para então poder-mos voltar a percorrer uma onda, parece que enquanto estamos a percorrer a onda, nada mais existe, sem ser a natureza e nós, querermos ficar para sempre presos naquele


“mundo” onde a liberdade no seu sentido literal é tomado por todo, onde não existem regras, onde tudo desaparece, tudo o que sonhamos, mas, também, em terra, onde vivemos com a cabeça posta no mar, nas ondas surfadas, nas imaginadas e naquelas que iremos surfar.


Quem faz surf, sabe que a experiência não se limita ao mar, contamina toda a vida quotidiana e leva a que passemos a olhar com outrso olhos para as coisas terrestres, para além do mais, para um surfista, a ideia do mundo perfeito confunde-se com o prazer de deslizar nas ondas, mas, também com as coisas que lhe estão associadas, a busca e a espera por ondas, o sal frio na cara, as paredes de água que se abrem á nossa frente.


Poderia continuar a escrever, até escrever um livro, mas para terminar, vou só deixar clara a ideia do “mundo perfeito” para um surfista, ideia esta que é acompanhada, por água de temperatura quente, água azul, ondas de tamanho perfeito, em que nelas se possam meter e ficar dentro das ondas uma eternidade, onde fortes são os raios solares e quente é a brisa que passa por entre as palmeiras na areia de um oásis situado no meio do mar, sitio este longínquo da sociedade que parece estar cada vez mais confusa, agressiva e que já não mais existe, apenas sobrevive, este é o artigo que escreve, espero que gostem…






Liberdade Enganosa



Liberdade enganosa


Onde esta a liberdade pela qual todos os dias tento alcançar, onde está a minha vida, afinal quem a comanda eu ou a minha pequena existência é influenciada por condicionantes?


Gostava tanto de poder ser livre, nem que fosse só por um dia, mas experimentar a liberdade, aquele que não implica responsabilidades, porque nada do que fazemos é mau, aquela que não passa dum sonho, sim porque liberdade é apenas um palavra com um significado um tanto abstracto, que por um lado não faz sentido algum.


A maior questão que eu tenho agora é se a felicidade é quando houver liberdade, e será que essa liberdade está nos concedida?


Será que a nossa própria natureza o permite, não entendo, sou apenas um miúdo em crescimento, onde não posso opinar sobre nada e ninguém porque simplesmente não tenho experiência de vida suficiente, ou porque não tenho um DR por detrás do meu nome…


Estou completamente perdido no meio de tantos mundos, completamente dividido, por vezes olho para o espelho e não me reconheço, porque não sei quem sou, quero ajuda e não a tenho, eu procuro, eu busco, eu tento, eu choro, eu faço tanto mas nada nunca muda.


Gostava de poder ter razão sobre alguma coisa, gostava que ninguém me apontasse o dedo e me respeitasse por aquilo que sou e não aquilo que aparento ser, gostava de viver, coisa que hoje cada vez mais me parece ser impossível, cada vez me sinto mais só, mesmo que esteja num local onde estão mil pessoas eu ainda me sinto mais sozinho, olho para os seus olhos e vejo um grande vazio nos seus corações, por mais amigos que tenho nenhum me consegue entender, a escola trás me problemas, que para mim são tão mas tão supérfluos, mas para quem de nós cuida parece que nas suas vidas, quando alguma coisa “má” acontece nos estudos, há um atentado, gostava de me poder fazer ouvir, pois penso que não falo só por mim, mas por muitas mais pessoas, pois eu não sou ninguém perante tanta gente que existe, muitas têm muitos mais problemas que eu, por isso eu não tenho qualquer direito de me afirmar sobre elas, só gostava de ter uma oportunidade de falar pelas pessoas que se assemelham a mim, pois eu não sou único, não sou especial, a única coisa que me difere dos outros são apenas as minhas escolhas e factores exteriores a mim, que diferem de pessoa para pessoa…


Eu olho para o mundo e vejo tanta loucura, que eu só de a ver, quase estou maluco, não consigo suportar, parece que tanta coisa de mal que acontece parece que os meus ombros estão cada vez mais pesados, e a cabeça mais cheia, sinto-me em ponto de ebulição, prestes a explodir, e isso assusta-me, porque tal como disse, eu não me conheço a mim próprio, logo não sei como um dia irei explodir, sim, porque ainda não aconteceu, porque eu tento me conter, eu tento me controlar, mesmo quando não há forças, eu tento, e isto faz me pensar se não estaremos nós todos interligados há vida uns dos outros de algum modo que nos seja oculto, ou que apenas não devemos de entender porque a nossa natureza humana não o permite.


Mas custa-me tanto olhar para o lado num rua e ver uma criança escanzelada, sem ajuda, e eu com tanto, às vezes até tenho vergonha de olhar ou ajudar essas pessoas, porque eu tenho tanto e elas não têm nada, ou que eu peço, que não tenho, elas pediriam o mínimo do que me pertence a mim por direito, todos falamos dos nossos direitos, mas fazemos de tudo para esquecer os deveres, e o nosso dever supremo, para mim, é ajudar o próximo sem qualquer tipo de interesse, ser um “bebé grande”, porque estes quando nascem têm consigo a qualidade inata do altruísmo.


Se tudo fosse assim era tudo muito mais fácil, e isto não é impossível de fazer, apenas difícil, mas torna-se impossível ou querermos sempre aquilo que nos é mais cómodo ou fácil, que não envolve tanto trabalho da nossa parte.


Gostava de poder gritar até ficar rouco, gostava de poder saltar loucamente até me cansar, gostava de passear de noite e de dia em qualquer sítio, em qualquer lado sem que mal algum me aconteça, gostava que o amor realmente existisse na sua forma mais primitiva, amar com tudo o que se tem, sem querer o mesmo ou alguma coisa em troca.


Numa conversa que tive um dia com uma amiga, ela me disse, e com toda a razão eu concordei, e o que ela disse foi o seguinte:


- “Olha Miguel, sabes, cada vez que olho para os homens, certamente sabes que têm duas cabeças, mas devido há gravidade que empurra para baixo pensam com uma só, e sabes as mulheres?


Quando a cabeça debaixo vem com o cu agarrado de dinheiro, elas parecem um banco dum pobre a abrir-se para receber o prémio número um do totoloto”.


E se realmente formos analisar as nossas atitudes, duma maneira geral, pois nem todos são iguais, as nossas atitudes são feitas por algum intresse, nem que seja pequenino, mas é com interesse.


Todos os dias, quando acordo, o meu desejo é que alguém me diga olha vamos embora, sem destino sem rumo, apenas vamos, sem preconceitos, sem mal, sem interesse, apenas ir.


Mas quando começo a descer as escadas do meu quarto ainda meio ensonado, mata-bicho, entro no carro, com a minha cabeça a fazer tic tac, e a pedir silenciosamente:


_ “ Mãe não arranques leva-me para longe.


Vá-lá.


Por favor.


Não vás.”


Mas assim que ela liga o carro, e começa o seu trajecto que já me é conhecido eu entro na rotina tentado não sonhar, pois não o posso fazer, não me posso abstrair de onde eu estou.


Chego há escola e parece que sou um novo eu, entro extasiado pela rotina, pela normal, pela opressão e pelo stress que a escola domina em mim.


Por isto, é que quando estou em casa sozinho, choro e grito, berro para isto acabar…


Mas é assim, tenho de me contentar com o que tenho, não é perfeito, mas é o suficiente para sobreviver.



MIGUEL ÂNGELO

Alma sem título



Alma sem título


Por entre linhas escrevo o que me vai na alma, é tanta coisa que nem sei por onde começar, sei que quero gritar e alguém dizer que amo, mesmo que não conheça, simplesmente dizer que a amam, pois todos nós estamos de alguma forma ligados uns aos outros.


Tantas vezes eu me questiono, como podem as pessoas serem tão cruéis umas com as outras, não pode ser apenas deficiências de Cérbero, deficiências a nível genético ou mesmo a tal teoria de que as pessoas cruéis ou más são assim devido aos factores que lhes são exteriores, tal como o ambiente que estão inseridos.


Como, mas como se pode ser assim?


Ignorar o mal dos outros, quando nós estamos mal, também gostaríamos de ter apoio?


O que é que se pode fazer para chamar a atenção das pessoas, chamá-las há realidade e tentar mudar o mundo, porque nada é impossível, recuso me a, acreditar nisso, que uma só pessoa não pode mudar o mundo, vemos tantas pessoas que sozinhas conseguiram mudar o mundo, e sempre que o vejo nunca é para bem, sempre para mal, será que somos mesmo maus por natureza? Será que não existe o triunfo do bem sobre o mal?


As respostas são visíveis e cada vez mais, parece que somos maus por natureza, não consigo encontrar nenhuma resposta ou explicação racional para tudo isto que acontece.


Será que não é possível sermos todos iguais e todos diferentes, já que os nossos objectivos são os mesmos e fisicamente somos iguais?


O que muda são as personalidades, a individualidade de cada um, mesmo que hoje o que se veja são grupos “iguais”, parece deixar de haver a tal individualidade, mas não é sobre isto que quero escrever, o que eu quero escrever, e por a minha ideia em algum sitio, é que todos nós temos o objectivo de ser felizes, e temos o mesmo coração que bate e bombeia o sangue no nosso corpo de modo a podermos viver, acho tão fascinante o modo de como fomos criados, tão perfeitos, tão complexos…


Para muitos estes textos que escrevo, podem parecer confusos, embora de certo modo sejam pois têm tanto sentimento por entre estas palavras, quero dizer tanta coisa que não sei por onde começar, por isso deixo fluir, tentado criar a minha própria escrita, sem base ou apoio noutros textos.


Porque é que já não existe respeito hoje em dia uns pelos outros, porque é que tem de haver este desacordo entre as religiões, quando Deus é um e um só, o mesmo para todas elas, porque é que as pessoas são ignorantes ao ponto de abrir os olhos, o que se deve ter é fé e religiosidade, pois isso leva a preconceitos, e males piores, pois ninguém é perfeito, todos erramos, por isso o que a religiosidade quer é que se seja perfeito, mas isso não será possível, enquanto pensarmos da maneira que temos vindo a pensar, que só nós sabemos, eu sei, eu e mais eu, não se dão oportunidades, não se dão ao respeito, na minha vida eu tento ser o melhor possível, dando me ao respeito para que me respeitem também, defendendo as minhas convicções duma maneira racional e com educação sem partir para “violência verbal”, tento ser o máximo possível humilde e ao mesmo tempo ter a noção daquilo que sou, pois eu tenho tantas qualidades quanto defeitos.


Digo isto porque o que para mim é bom, para ti pode ser mau e o que pode para mim ser mau para ti ser bom, por isso digo que tenho tantas qualidades quanto defeitos.


Por causa do desrespeito pelos outros cada vez mais vemos guerras e mais guerras, e quando falo de guerras não são aquelas do género da primeira ou segunda guerra mundial, falo das guerras travadas nas vidas de todos nós, por causa do não haver respeito sentimo-nos feridos interiormente e decidimos fazer o mesmo aos outros, e então leva a uma bola de neve, criando uma avalanche, por isso cada vez mais vemos desgraça, é tão estranho eu estar sempre a pensar negativo, sempre que escrevo são só sentimentos negativos, não sei porquê mas tudo o que vejo no mundo entristece-me, fazendo-me ter vontade de escrever sobre o que vejo, e tentar de algum modo ir fazendo mudar as pessoas.


Limito-me a observar as atitudes e comportamentos que nós temos, mesmo eu me ponho a estudo, e tantas vezes vejo falsidade, mentira, rancor, raiva, ira, descrença em si própria, “morte” tudo o que é mau, mas, alegro-me quando olho para a televisão e oiço não sei quem salvou aquela pessoa, não sei quem impediu que algo de mau acontecesse, alegro-me tanto quando as televisões se enchem de boas atitudes, de atitudes de benevolência, tolerância, por isso não acredito totalmente na nossa “má natureza”, parece que ainda vai havendo alguém com o poder suficiente de enfrentar o mundo, mesmo que sozinhas, para mim os heróis são aqueles que pensam tanto em si como nos outros, mostra carácter, mostra coragem, ousadia para ser diferente…


Espero um dia poder vir a provar a mim mesmo e ao mundo que também sou assim ou posso vir a ser assim, espero um dia ver o sol nascer, encher o peito de ar, e gritar de alegria, espero um dia estar ao entardecer na praia com a brisa a dar me nos ombros ao lado de quem amo, e apenas dizer lhe que a amo, sem grandes conversas, espero um dia poder voar pelo céu estrelado, espero um dia nunca parar de sonhar, espero, espero, ter, e nunca deixar de ter esperança, pois a esperança é algo que nunca, mas NUNCA pode ser tirando de nós, é a única coisa que nos vai mantendo vivos, a esperança é uma coisa boa, algo que nos alimenta…


MIGUEL ÂNGELO