Lost Feelings

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Sonhar é amar, sonhar é ser criança, sonhar é ter esperança...

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Até ao monte Olimpo






Até ao monte Olimpo







Oh que coisa tão bela, de alto poder sonhar, acima dos montes nas nuvens pairar, ver o sol a nascer e a se pôr, ver a névoa reluscente e as nuvens de carícia, impróprias para consumo de maldade, sonhadoras, nuvens que voam, sem sentido, prosseguindo nos seus ínfimos caminhos, de nenhum significado.

Porém alegres, contentes e felizes, com o seu deslizar pelo vento, que por vezes é brusco, por outras é suave, sem que dêm contas a alguém.

Ver os montes e montanhas do cume mais alto, e sentando em cima desse cume sobre uma pequena rocha admitir e submeter-se a beleza da natureza, do seu soberbo que é única e forte, sem alguém que dela tenha o poder de controle, este sim é um homem de vasto conhecimento, que se propõe a si mesmo mais acima, acima daquilo que se pensa impossível, acima daquilo que se considera apenas um sonho, pois nele, ele tem fé, esperança e gozo nos desafios.

Não querendo nunca descer daquele cumo, daquela montanha, que ali perece o mundo, o homem em ausência, no paraíso se encontra, em frente ao lugar dos deuses o Olimpo, um lugar moldado apenas para os corajosos que em terra foram fortes, corajosos e que nunca desistiram, e quando morre deixa apenas o seu nome para trás, e os seus ossos, mas seu espírito fortalecer-se-á, chegará a todo o custo ao monte Olimpo, com toda a sua garra subirá a montanha mais difícil, enfrentará todos os perigos que dela provirá, não irá desistir nunca, senão não pode mais consigo, porque não admite nunca a angustia de ter falhado, a frustração de tentar e falhar, não este homem, não desiste, lá vai ele, subindo, até que por fim chega ao portão, e o grande Zeus lhe abra o cadeado sagrado e ali fica condenado a ser um deus...

Perdido na sua força, perdido na sua realização, perdido no seu sonho, contente e feliz por ser aquilo que é.

1 comentário:

  1. O desenho do lado esquerdo corresponde a S. kierkegaard, filósofo dinamarquês. Com uma situação amorosa não correspondida, enveredou por uma reflexão acerca da existência. Aí, destacou três patamares: estádio estético, ético e religioso. O estético corresponde a D. Juan, famoso pelas suas conquistas e pelos seus vínculos ao prazer. o segundo corresponde a uma existência que se enquadra com a necessidade de coexistência com os outros. Finalmente, o religioso equivale à situação de Abraão que, perante a exigência de Deus para matar o filho, demonstra a existência autêntica: Só perante o amor incondicional da fé...
    Obviamente que a sua virgindade muito contribuiu para as suas teses.
    Abraço.

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